terça-feira, 17 de março de 2020

Ronaldinho Gaúcho. Entenda o caso e tire suas próprias conclusões.

O Ministério Público do Paraguai quer conhecer a conexão do Ronaldinho Gaúcho com uma organização que é acusada de falsificar documentos.
A partir do conteúdo dos aparelhos dos brasileiros os investigadores esperam saber se os dois têm ou não ligação com uma organização criminosa estruturada para falsificar documentos e especializada em lavagem de dinheiro.
A suspeita do Ministério Público é de que Ronaldinho Gaúcho e Assis façam parte de um amplo esquema. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a realização de negócios ilegais no país.
Na última sexta-feira (13), policiais e promotores do Ministério Público fizeram uma operação de busca e apreensão na casa da empresária Dalia López e em uma empresa da qual ela é acionista. A empresária é apontada como responsável por levar Ronaldinho Gaúcho ao Paraguai e comandar o esquema de falsificação de documentos. Foram recolhidos um cofre, documentos e outros itens que poderiam comprovar ligação do ex-jogador com a organização criminosa. O material apreendido será “cruzado” com as informações dos celulares de Ronaldinho e seu irmão.
Os dois estão no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, localizado em Assunção. Decisão do juiz Gustavo Amarilla da terça-feira (10) passada referenda por um tribunal da apelação três dias depois sustenta que o ex-jogador e seu irmão têm de permanecer presos enquanto durar as investigações.
Os juízes apontam risco de fuga e de obstrução nas investigação se os brasileiros forem transferidos para prisão domiciliar. Pelas leis paraguaias, o inquérito pode durar até seis meses para ser concluído.
Esta semana será fundamental para o desenvolvimento de um caso que deixa a opinião pública do Paraguai perplexa com a seriedade das acusações e com suas ramificações, que podem atingir não apenas a administração pública, mas também até o próprio governo.
Na terça-feira (17), o Ministério Público fará a análise dos celulares de Ronaldinho e do irmão. O conteúdo poderia responder a um dos grandes mistérios deste caso: por que os irmãos Assis Moreira apareceram com um passaporte forjado e documento de identidade paraguaio e se estes eram um presente ou eram uma exigência do craque e de seu irmão. Os promotores do caso consideram que os celulares de ambos são evidências importantes.
Na quarta-feira (18), Dalia López, a empresária que é considerada o cérebro da organização e que está desaparecida há 10 dias, é convocada para testemunhar no caso Ronaldinho Gaúcho. Ainda não se sabe se ela irá ao tribunal ou continuará fugindo. O Ministério Público a acusa de ter um esquema com várias empresas de fachada, que seria dedicado a promover atividades criminosas.
Sósia em alta: Sósia de Ronaldinho Gaúcho aumenta número de eventos após prisão de ex-craque, mas defende ídolo
Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Assis dividem uma cela dormitório no complexo penitenciário. Eles estão no mesmo setor de outros presos famosos: Ramón González Daher, ex-presidente da Associação Paraguaia de Futebol, acusado de lavagem de dinheiro, e o deputado Miguel Cuevas, processado por enriquecimento lícito e tráfico de influência.
Adaptação na prisão
O meia está se adaptando rapidamente à vida em uma prisão do Paraguai, segundo o diretor do local, Blas Vera, em entrevista à “Reuters” na segunda-feira. O chefe da instalação afirmou que os irmãos têm camas, uma televisão e um ventilador em sua cela na prisão situada nos arredores da capital Assunção.
Os irmãos Assis usam um banheiro comunitário e têm direito de usar o pátio externo com frequência. Os advogados da dupla lhes têm proporcionado as refeições, e eles não comeram a comida oferecida pela prisão. A instalação de segurança máxima tem cerca de 195 detentos, entre eles políticos e policiais acusados de corrupção e traficantes de drogas renomados.


Ronaldinho Gaúcho

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